Governo suíço receberá documentos sobre Maluf

São Paulo

(AE) – Os promotores do Ministério Público Estadual (MPE) que investigam supostas contas do ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) em paraísos fiscais estão decididos a enviar, mais uma vez, para as autoridades da Suíça a documentação com informações complementares que acusam o ex-prefeito de crime de lavagem de dinheiro. “Desta vez, enviaremos os documentos por intermédio da 4.ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo”, disse hoje o promotor da Cidadania, Silvio Antônio Marques. “Isso só deverá atrasar um pouco mais o processo, mas não vai alterar o curso de nada.”

As informações complementares foram enviadas diretamente pelo Ministério Público para as autoridades suíças, em maio. Com base nestas informações, de acordo com as próprias autoridades da Suíça, seriam enviados para o Brasil documentos com informações sobre supostas movimentações bancárias de Maluf naquele país.

Pedido

Na semana passada, os advogados de Maluf encaminharam requerimento ao juiz Luís Paulo Aliende Ribeiro, da 4.ª Vara da Fazenda, solicitando que as autoridades suíças fossem informadas do procedimento do Ministério Público, que eles consideram ilegal. “A autoridade constituída para realizar este procedimento é o juiz. O Ministério Público deveria entregar os documentos à Justiça, para posterior encaminhamento”, argumenta o advogado Ricardo Tosto, que atua na defesa de Maluf.

Tosto comemorou, com ironia, a decisão dos promotores de remeterem novamente os documentos para as autoridades suíças, desta vez por intermédio da Justiça. “Enfim o Ministério Público decidiu agir dentro da lei”, disse ele. Para Marques, a decisão de Maluf é um mero artifício, para adiar a chegada no Brasil dos papéis que comprometeriam o ex-prefeito.

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