O gabinete de crise do Palácio do Planalto, convocado às pressas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, questiona se o acidente do vôo 3054 da TAM, nesta terça-feira (17) em Congonhas, poderia ter sido provocado pela liberação da pista do aeroporto sem as ranhuras que ajudam a segurar os pousos de grandes aviões, que só começariam a ser feitas no próximo dia 25 de julho. Lula teria pedido informações sobre o acidente com o avião da Pantanal, no dia anterior, que também derrapou na pista de Congonhas e teria sido informado de que, naquele caso, havia ocorrido uma imperícia do piloto.
Agenda do governo de amanhã foi cancelada e viagens de quinta e sexta foram suspensas. Lula ficou "consternado" ao receber, por meio de um assessor especial, o brigadeiro Francisco Joseli, a notícia do acidente. Ontem à noite havia uma grande preocupação do governo com as repercussões da nova tragédia, que classificavam como "inacreditável".
Foram chamados para o gabinete de emergência os ministros Waldir Pires (Defesa), Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), Dilma Roussef (casa Civil) e da Franklin Martins (Comunicação Social). As viagens que o presidente Lula tinha agendado para amanhã e depois também foram suspensas. O presidente iria, nesta quinta, a Porto Alegre e Florianópolis. Na sexta, estavam previstas visitas a Curitiba e ao Rio. Nas capitais do Sul, o presidente ia fazer o lançamento dos programas de investimentos em saneamento e habitação.
