Os 21.457 aprovados para instituições públicas de ensino superior na terceira etapa do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) deverão matricular-se nas universidades em que foram selecionados a partir da próxima terça-feira. Nas duas primeiras etapas, boa parte dos selecionados não fizeram suas matrículas, o que fez com que o porcentual de vagas não preenchidas fosse de 43%.

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O Ministério da Educação (MEC) estuda alterar o modelo para a próxima edição. As etapas seriam reduzidas a duas ou apenas uma. Aquelas vagas que não fossem preenchidas seriam ocupadas por estudantes inscritos em uma lista de espera. Esse mecanismo, não previsto anteriormente, teve que ser criado para que não sobrassem vagas, caso os aprovados na terceira etapa não confirmem suas matrículas como aconteceu nos períodos anteriores. Com isso, o ministério acredita que cerca de 98% da oferta será preenchida.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Alan Barbiero, acredita que essa possa ser uma boa solução para evitar atrasos nos calendários acadêmicos, já que muitas universidades ainda aguardam a conclusão do processo do Sisu para encerrar as matrículas. “O cronograma de início das aulas teve que ser alterado, mas o melhor é que se comece no período correto. Se não tivesse ocorrido a terceira chamada, talvez esse problema pudesse ter sido minimizado”, aponta Barbiero.

Para o MEC, a razão para a sobra de vagas nas primeiras etapas está no comportamento dos alunos, que teriam tratado o Sisu como “brincadeira”. Mesmo sem interesse em estudar em um curso, esses alunos teriam feito suas inscrições e, depois, não teriam confirmado a matrícula. Candidatos, por exemplo, que já tinham passado em vestibulares de outras instituições mas testavam suas chances no sistema. O efeito é inesperado, já que esse sistema era utilizado no processo de distribuição de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) sem problemas semelhantes. As informações são da Agência Brasil.

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