A barreira comercial imposta pela União Européia ao ingresso da carne in natura do Brasil motivou o governo brasileiro a preparar uma possível controvérsia na Organização Mundial do Comércio (OMC). Desta vez, o Brasil pretende atacar todo o mecanismo de rastreamento exigido pelos europeus a seus provedores desde 2002, sob o argumento de que se trata de um procedimento desnecessário, excessivo e custoso ao produtor.

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Ainda em estudos, essa nova batalha comercial teria o objetivo de desmontar completamente esse sistema de rastreamento da União Européia – um mecanismo protecionista escudado em alegações de segurança alimentar. A cautela do Itamaraty nessa fase preliminar tem sido extrema. Ao ministério, interessará comprar essa briga somente se houver larga chance de a decisão final da OMC impedir que, mesmo com pequenos ajustes, a União Européia continue a valer-se dessas regras para barrar as importações de produtos agropecuários.

?O governo não descarta a queixa a OMC. Alguns aspectos da exigência de rastreamento de gado adotados pela União Européia são potencialmente violadores das regras multilaterais de comércio?, afirmou o subsecretário de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Itamaraty, embaixador Roberto Azevêdo.

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