Rio de Janeiro – O governo federal quer descentralizar as ações de prevenção e combate ao tráfico de drogas. A afirmação é da diretora adjunta da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Paulina Duarte.
A expectativa da Senad é mobilizar os governos estaduais para que não atuem somente na repressão. Durante seminário que reúne especialistas e autoridades internacionais no Rio de Janeiro, a diretora afirmou que espera engajamento dos estados.
?Esperamos sair daqui com adesão ainda maior dos secretários de segurança [às políticas e aos projetos do governo federal]?, disse Paulina Duarte. ?Esperamos aliar à repressão, a prevenção, as pesquisas e, principalmente, as políticas sociais nos estados."
No setor de segurança, o diretor da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, ressaltou que as unidades da corporação precisam trocar informações sobre o crime organizado e não se preocupar somente com a apreensão de drogas.
?O que move, às vezes, é a busca da quantidade?, criticou. ?Para o cidadão é mais importante tirar um traficante da porta da escola, da praça. Agora, o sistema tem que se complementar?, disse em referência à troca de informações entre os estados.
O tráfico de cocaína cresceu cerca de 30% no Brasil nos últimos cinco anos. O aumento colocou o país ao lado de Argentina e Uruguai, onde o tráfico se destaca na América Latina.
Os dados são da Organização das Nações Unidas (ONU), que aponta também ligação entre as drogas e os índices de violência, principalmente, o contrabando de armas, lavagem de dinheiro e o tráfico em si.
