A promessa dos caminhoneiros para a manhã desta segunda-feira é de paralisação total. Porém, as informações que chegaram ao Palácio do Planalto, em Brasília, dão conta de que não há uma unidade no comando do movimento e nem uma disposição da maioria dos caminhoneiros. Por isso, a estimativa do governo federal é que a adesão da categoria seja baixa.
Mesmo assim, há uma preocupação grande por parte da presidente Dilma Rousseff com este movimento, que considera ter cunho principalmente político, e que pode provocar desabastecimento no país, justamente em um momento que o governo precisa de notícias boas para reverter a crise em que está mergulhado. Há preocupação ainda de que esta greve pode se somar à da Petrobras que, embora não tenha contaminado a cadeia produtiva da empresa, se ela se estender por muito tempo pode trazer enormes prejuízos, além de provocar problemas na distribuição de combustíveis.
Inicialmente, as manifestações contra o governo tinham principalmente relação com os grupos dos Revoltados Online, Vem pra Rua e do Movimento Brasil Livre. Mas, algumas das últimas postagens nas redes sociais incitam os caminhoneiros a parar as estradas por oito dias, alegando que o governo não cumpriu com as promessas feitas no início do ano. Uma das principais reivindicações é que o governo institua um frete mínimo e unificado em todo o país. O governo alega que há uma dificuldade operacional de colocar isso em prática porque as realidades são diferentes nos diversos pontos do Brasil.
Manifestações
Em Guarapuava, no interior do Paraná, na BR 277, km 340, à 00h45, ocorreu uma interdição parcial, sem congestionamento, por cerca de 50 manifestantes (caminhoneiros), que desviaram os veículos de carga para um posto de combustíveis. Equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local da manifestação, encerrada às 6 horas.