A rejeição da prorrogação da CPMF, no plenário do Senado, representa a maior derrota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde sua chegada ao Planalto, em 2003. Com a decisão do Senado, o tributo deixa de ser cobrado em 1º de janeiro. O governo poderá tentar recriar a contribuição para tentar contar com a receita de cerca de R$ 40 bilhões anuais. Mas, para isso, precisará enviar ao Congresso nova proposta de emenda à Constituição, cuja tramitação começará novamente na Câmara.
No Senado, a oposição contou com a ajuda de governistas para acabar com a CPMF. Além dos 27 parlamentares do DEM e PSDB, os senadores Mão Santa (PMDB-PI), César Borges (PR-BA), Geraldo Mesquita (PMDB-AC), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), José Nery (PSOL-PA), Romeu Tuma (PTB-SP) e Expedito Júnior (PR-RO) votaram contra o imposto.