Brasília – O governo não descarta a possibilidade de começar a editar medidas provisórias (MPs) para não paralisar os programas que podem ser afetados pela demora em votar o Orçamento Geral da União, afirmou nesta quinta-feira (6) o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
Segundo Múcio, o Executivo vai esperar até a próxima semana a definição de um acordo entre governistas e oposição em torno de uma proposta que permita a votação do orçamento. Caso isso não ocorra, o Palácio do Planalto pode começar a editar as MPs.
"Vamos fazer a reunião do Conselho Político na terça-feira, com líderes e políticos da base [aliada] para tomar uma posição. Esperamos que até lá se encontre o consenso", afirmou o ministro. Múcio, no entanto, declarou que o governo não pretende editar qualquer medida provisória até quarta-feira (12).
O ministro disse ainda que os deputados e senadores "têm conhecimento" de suas responsabilidades. "O Brasil não pode estar no mês de março sem votar o orçamento" acrescentou.
Múcio foi taxativo no sentido de que o governo não deixará o país paralisado por conta da não-apreciação da proposta orçamentária. "Os hospitais precisam de remédios e as obras do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] precisam andar. Não podemos paralisar o país, por conta de as partes não terem encontrado um ponto comum", comentou o ministro.