Após o registro de dois casos de sarampo no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde investiga a possibilidade de novas infecções no Estado, sobretudo na capital, Porto Alegre, onde duas crianças tiveram o diagnóstico confirmado por um laboratório local. De acordo com a pasta, os exames realizados, apesar do resultado positivo, são considerados preliminares, e as amostras colhidas das crianças foram enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O resultado final está previsto para a próxima semana.
A circulação do vírus do sarampo no Brasil foi interrompida no ano 2000. Desde então, segundo a pasta, foram registrados cinco eventos (grupos de casos relacionados), todos de infecção em outros países. No Rio Grande do Sul, os casos de sarampo ocorreram com duas meninas, de 11 e 12 anos, da mesma família. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a família viajou para Buenos Aires, na Argentina, em julho. No fim do mesmo mês, a família foi a Rio Grande, no interior gaúcho, e se hospedou na casa de parentes.
No primeiro caso, ocorrido em 3 de agosto, a menina apresentou os principais sintomas do sarampo: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, sensibilidade à luz e dor muscular. No dia 10 de agosto, devido à piora do quadro, ela foi internada, mas recebeu alta no dia 12 de agosto. A outra criança apresentou início dos sintomas em 11 de agosto, com febre alta, coriza e conjuntivite. Em 16 de agosto, ela foi internada com diagnóstico de pneumonite e permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Bahia
A Secretaria da Saúde da Bahia informou hoje que está reforçando o alerta sobre o sarampo em todo o Estado após a confirmação dos dois casos em Porto Alegre, e de outros três casos da doença em Belém. O alerta será reforçado para a vigilância da doença nos portos, aeroportos, fronteiras, hospitais e unidades de saúde, e estão previstas notificações imediatas de todo caso suspeito do sarampo para a secretaria estadual ou diretamente para as secretarias municipais. Também será feita vacinação de rotina por meio da busca por pessoas não vacinadas na faixa etária de 1 a 39 anos de idade. Com informações da Agência Brasil.