A União e o governo do Rio assinaram a renovação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio com validade até o final deste ano. O acordo que permite a presença das Forças Armadas no Rio foi oficializado nesta sexta-feira, 12, em cerimônia do Palácio Guanabara, sede do governo estadual, na zona sul do Rio.
O documento foi assinado pelos ministros da Defesa, Raul Jungmann, da Justiça, Torquato Jardim, de Desenvolvimento Social, Osmar Terra, e de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, e pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB).
As Forças Armadas participaram de 15 operações integradas no Rio no ano passado. As ações envolveram 31 mil militares e gastos de R$ 43 milhões. Os dados foram divulgados pelo ministro da Defesa, depois da reunião. Jungmann também declarou que a operação de GLO no Rio é a mais longa desde a Constituição de 1988.
“Isso quer dizer o interesse e a preocupação do presidente Michel Temer com o Estado do Rio. Quer dizer também o compromisso do governo federal em reverter essa situação em parceria com o governo estadual”, afirmou.
Torquato Jardim disse que o acordo simboliza apoio técnico e financeiro ao Rio. “É compartilhar experiência e não significa, em hipótese alguma, inibição do trabalho local. A segurança pública é uma responsabilidade local. Ninguém conhece a cidade melhor do que as polícias Militar e Civil. É uma atividade de suporte financeiro e técnico”, disse o ministro da Justiça.
Pezão disse que o acordo vai deixar “um grande legado” e que vai ser um tema de grande debate na campanha eleitoral.
“Vai ser um piloto que vai servir para o País inteiro, cada vez mais, essa integração. Essa integração vai ser o grande debate, além da economia, e de tudo que se tem num debate eleitoral. Um dos temas predominantes vai ser a segurança pública. Esse é um grande legado que vamos deixar. Nesse ano de crise e dificuldade que tivemos, se nós não tivéssemos esse apoio, dificilmente nós conseguiríamos os resultados”, disse.
Osmar Terra também anunciou que repassará recursos para Saúde e para atividades culturais em favelas e áreas críticas do Rio. Segundo Jungmann, essa ajuda deve ser de cerca de R$ 41 milhões.