Brasília (AE) – O governo já trabalha com alternativas para manter o reajuste de 5% para as aposentadorias maiores do que o salário mínimo pagas pela Previdência Social sem que a Medida Provisória 291, que fixa essa correção e que está em tramitação na Câmara, seja votada. Uma nova MP com um índice levemente superior ou a assinatura de um decreto concedendo a correção da inflação de 3,14%, acrescida de um abono para cobrir a diferença, estão entre as possibilidades em estudo na Casa Civil.
A votação da MP 291 transformou-se em uma disputa acirrada entre governo e oposição a três meses da eleição, o que está dificultando a aprovação do reajuste – que vem sendo pago desde o dia 1.º de abril, com base na MP. Ontem, a falta de acordo em torno dessa matéria fez com que fosse encerrado sem nenhuma votação o ?esforço concentrado? da Câmara dos Deputados no mês de julho.
As votações só serão retomadas dos dias 1.º a 3 de agosto. A exemplo do que ocorrera na véspera, a oposição insistiu em votar a emenda elevando a correção das aposentadorias para 16,67%, antes de apreciar o texto principal da MP. Temendo uma derrota, os parlamentares da base governista ?derrubaram? a sessão da Câmara por falta de quórum. Sem número de votos para aprovar o índice menor, os governistas estão evitando a votação desde o dia 7 de junho, quando a MP começou a ser apreciada no plenário.