Rio
(Das agências) – A Polícia Militar do Rio de Janeiro vive um momento de crise com a exoneração, ontem, de sete comandantes. Os substitutos devem ser anunciados nas próximas horas. Segundo rumores, o comandante-geral da PM, Francisco Braz, decidiu fazer as modificações ao ser pressionado pelo Secretário de Segurança Pública, Roberto Aguiar, e pela governadora Benedita da Silva. A cúpula da Segurança do Rio estaria cobrando melhores resultados da PM, como a prisão do traficante Elias Maluco, principal suspeito do assassinato do jornalista Tim Lopes.As autoridades de segurança estariam cobrando também uma melhora na imagem da corporação, que foi alvo de denúncia essa semana. “A ordem é trazer resultados positivos. Dar uma resposta à sociedade”, disse um oficial da corporação que pediu anonimato. Policiais do batalhão de Bangu, que teve seu comandante exonerado nesta quarta-feira, são suspeitos de terem mantido um traficante como refém dentro do batalhão, exigindo um resgate de R$ 300 mil de Celsinho da Vila Vintém, líder do tráfico de drogas da região. Além disso, o corregedor-geral de Segurança Pública, Aldney Peixoto, admitiu que policiais estariam dando proteção ao traficante Elias Maluco. A governadora Benedita da Silva reconheceu que as denúncias têm prejudicado sua candidatura para o governo do Estado. “Eu tenho certeza que a segurança do Rio é questionada, mas isso não é de agora, é de antes. É preciso que as pessoas absorvam isso para escolher seu candidato”, disse.