O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que a proposta para efetivar 260 mil servidores contratados em regime temporário abre um ?hiperprecedente? na administração pública. Segundo ele, a preocupação com a proposta ocorre porque passa ao largo de dispositivos que regulamentam a contratação dos servidores por concurso público. O ministro disse também que não há previsão no governo de quanto custará aos cofre públicos a efetivação desses servidores.
Bernardo disse ainda que não fará nenhuma ação de articulação na Câmara para evitar a votação da emenda constitucional, que está pronta para ser votada. Mas considera questão de bom senso que haja maior debate sobre o assunto. Ele acredita que os parlamentares vão perceber que é preciso discutir mais o tema, antes de levá-lo a votação.
Outra preocupação do governo é com o custo fiscal de tal decisão – apesar de os parlamentares alegarem que a medida não representará ônus extra ao erário porque os trabalhadores beneficiados estão nos cargos há no mínimo dez anos. O ministro disse desconhecer qual será o impacto da medida. ?Não faço idéia do impacto de quanto isso vai ter?, afirmou Bernardo.
Embora não haja data para votar a matéria na Câmara, o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), comprometeu-se a colocar o tema para ser votado logo.