Brasília – O Ministério da Justiça encerrou ontem (7) à noite o julgamento dos processos de anistia de sete mulheres perseguidas no período de 1946 a 1985. Todos os processos foram deferidos em cerimônia que marcou as comemorações do Dia Internacional da Mulher.
A primeira a ser anistiada foi Clara Charf, ex-companheira de Carlos Marighella, fundador da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Ela receberá uma pensão mensal continuada de R$ 2.500, além de indenização retroativa no valor de R$ 165 mil.
Beatriz Arruda, Halue Yamaguti, Nancy Mangabeira Unger e Estrella Dalva Bohadana receberão uma indenização em parcela única de R$ 100 mil, cada, teto máximo permitido.
Esse tipo de indenização é concedida aos anistiados que não puderam comprovar que tiveram a carreira profissional interrompida em decorrência da perseguição militar.
Ana Wilma Moraes, que em 1969 trabalhava como secretária, receberá uma pensão mensal continuada de R$ 2 mil, além de indenização retroativa de quase R$ 283 mil.
Maria do Socorro de Magalhães, à época professora, será indenizada com o valor mensal de R$ 1 mil, além de benefício retroativo no valor de R$ 142 mil.