Governo convoca reunião do álcool

Distribuidores e revendedores de combustíveis se reúnem na sexta com o governo federal, em Brasília, para discutir o mercado de etanol (álcool combustível) no País. Os itens da pauta são o aumento da mistura de álcool na gasolina, de 23% para 25%, a partir de 1º de julho e, principalmente, os preços do produto ao consumidor. Há quem diga no mercado que os representantes das duas cadeias foram intimados pelo governo a explicar por que o preço do combustível na bomba não tem acompanhado a queda verificada nas usinas.

A reunião contará com representantes dos ministérios de Minas e Energia e Agricultura, Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP), distribuidores e revendedores de álcool. Os usineiros não foram convidados para participar do encontro, o que aumenta a especulação de que a motivação da reunião é o repasse menor da queda do preço do álcool combustível para o consumidor.

Em São Paulo, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), desde o início de maio até o dia 15 de junho, o preço do álcool hidratado nas usinas havia caído cerca de 35%, de R$ 0,91755 para R$ 0,5893 o litro. Nesse mesmo período, o recuo para o consumidor não chegou a 11%, com os preços passando de R$ 1,484 para R$ 1,325, segundo dados da ANP. Esse descasamento entre os preços é difícil de explicar para o consumidor, especialmente porque quando há alta do preço do combustível na usina, o repasse é quase imediato.

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