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Governo confirma sete mortes por febre amarela

O Ministério da Saúde vai confirmar nesta quarta-feira, 18, sete mortes provocadas por febre amarela em Minas Gerais. A divulgação deve ser feita com base nos exames realizados em vísceras de pacientes que morreram com sintomas da doença neste ano, residentes naquele Estado.

A análise para confirmação do material foi feita no Instituto Evandro Chagas, do Pará. Testes preliminares já haviam indicado a presença do vírus no material coletado e encaminhado para o instituto para uma segunda análise.

As confirmações de óbitos, referentes às primeiras semanas de janeiro, já superam a marca registrada durante todo o ano de 2016, quando cinco casos foram comprovados. Em 2009, ano em que foi identificado um surto da doença em vários Estados do País, 17 pacientes tiveram a morte confirmada pela doença.

O diretor do Instituto Evandro Chagas, Pedro Vasconcelos, afirmou que ao longo da semana outros resultados deverão ser divulgados. Até o momento, a Secretaria de Saúde de Minas informou haver 184 casos suspeitos de febre amarela no Estado, com 53 óbitos. Desse total, 37 pacientes são considerados como portadores prováveis da infecção. Outros 15 casos (além dos 7 que serão anunciados como confirmados) são considerados como prováveis. Recebem essa classificação os casos em que um exame preliminar já indicou a presença do vírus.

Para Vasconcelos, o número de óbitos considerados prováveis pela febre amarela é considerado expressivo. Questionado se a situação é preocupante, o diretor mostrou cautela. “Preocupante é. Mas vamos primeiro confirmar a causa das mortes consideradas prováveis. É prematuro fazer um julgamento antes de ter o resultado dos demais exames.”

Vasconcelos afirmou que as primeiras amostras começaram a ser recebidas na sexta-feira. “Fizemos uma força-tarefa para analisar. Há sempre risco de contaminação. Por isso todos os testes são checados, duas, três vezes.”

Além da circulação da febre amarela em Minas, há suspeita de que o vírus esteja presente no Espírito Santo, Estado que registrou nos últimos meses um aumento acentuado do número de mortes entre macacos. Esse tipo de evento é considerado por infectologistas como um sinal de recrudescimento da circulação da febre amarela. Uma vacinação de bloqueio deverá ser feita em 26 municípios capixabas.

São Paulo. Depois de achar no dia 13 um segundo macaco morto muito próximo da área urbana, a pequena Marapoama, na região de São José do Rio Preto, entrou em alerta máximo. Entre os 2.633 habitantes, aqueles sujeitos a contrair a doença estão sendo vacinados.

Desde dezembro, quando foi encontrado o primeiro macaco morto, a população da zona rural já vinha sendo vacinada. Os exames comprovaram que ele tinha a doença. Em outras 12 cidades da região, houve registro de mortes desses animais, a maioria com confirmação da doença. Em Bady Bassit, foi confirmado o primeiro caso de óbito por febre amarela em humanos, em 2016. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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