Brasília – O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar, apresentou nesta quinta-feira (30) relatório sobre as contas públicas do governo federal de 2006, durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento, da Câmara dos Deputados. O relatório apontou, entre outras ocorrências, a falta de aplicação mínima de 30% dos recursos destinados a educação, na erradicação do analfabetismo e no desenvolvimento do ensino fundamental.

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O relatório do TCU também aponta inexistência de indicadores de metas em 11% dos programas do governo, o que dificulta o acompanhamento dos resultados. Os gastos do governo com serviços terceirizados também foram apontados pelo relatório. Em 2006, foram gastos R$ 7,6 bilhões, o que representa cerca de 1% a mais que em 2005 . Os ministérios que mais gastaram com esse serviço foram Esporte, Desenvolvimento Social e Combate a Fome e Turismo.

O relatório também apontou um número expressivo de contas pendentes pelos ministério, que compromete a programação financeira e o planejamento nos exercícios seguintes. A pior situação é no Ministério das Cidades com 2 bilhões de reais em restos a pagar, representando 92,8% da despesa realizada pelo órgão em 2006.

O ministro do TCU disse que o relatório dá transparência ao orçamento, além de fiscalizar melhor os recursos. Ele acredita que o documento ajuda o Legislativo na análise das contas do governo.

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"O Tribunal de Contas da União tem como missão trazer subsídios ao Poder Legislativo na análise, não só das contas governamentais, mas da evolução de receita, despesa e dos processos que envolvem transferências voluntárias?, afirma.

O relator da Comissão Mista de Orçamento, Francisco Dornelles (PP-RJ), disse que o relatório é ?claro, preciso e objetivo? e que agora ele irá analisar, através de um ?exame detalhado?. Dornelles tem até 40 dias para para apresentar um parecer sobre o relatório do TCU.

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