O governo fará até o fim do ano uma licitação para construir presídios federais de segurança máxima no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. Os presídios, com 200 vagas cada, receberão presos de alta periculosidade, como o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. O custo previsto de cada unidade é de R$ 6 milhões. O objetivo do governo é que estejam funcionando em um ano.
Os presos serão monitorados 24 horas, não terão contato físico com os advogados, e visitas íntimas e de parentes estarão condicionadas ao bom comportamento. Eles serão revistados na ida e na volta dos banhos de sol. As celas, de concreto, serão abertas eletronicamente, após autorização de dois agentes. Câmeras vigiarão os corredores.
A construção de presídios federais não é nova. Começou ser discutida quando José Gregori era ministro da Justiça. O projeto foi engavetado por Miguel Reale Junior, que não concordava com a terceirização desses presídios, como fora proposto inicialmente.
?Fizemos um balanço e verificamos a necessidade da participação mais intensa do governo federal (no combate à criminalidade)?, justificou o ministro Paulo de Tarso Ribeiro. A terceirização foi abandonada e a União assumirá totalmente os custos.