Daniel Derevecki
Daniel Derevecki

Segundo Patrus Ananias (foto), a parcela variável do programa passará a ser concedida para filhos que têm até 17 anos.

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O governo deve aumentar o número de beneficiados pelo programa Bolsa-Família em 1,75 milhão de pessoas, informou nesta quinta-feira (30) a Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto, ao divulgar relato do pronunciamento que o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, fez na reunião ministerial que está acontecendo hoje na residência presidencial da Granja do Torto.

De acordo com a Secretaria, Ananias anunciou, na reunião, que a parcela variável do Bolsa-Família, que hoje é paga aos filhos de até 15 anos, passará a ser concedida para os que têm até 17 anos. As famílias beneficiadas pelo Bolsa-Família recebem hoje um valor fixo acrescido de uma parcela variável destinada a cada filho (até o limite de três filhos) com até 15 anos. A mudança acrescentaria ao programa, de acordo com o ministro Ananias, 1 75 milhão de pessoas.

O Planalto informou também que a proposta de Orçamento da União para o próximo ano, que será enviada hoje ou amanhã ao Congresso terá um volume de R$ 16,5 bilhões para a agenda social, incluindo nesse valor o aumento do número de beneficiários do Bolsa-Família. A intenção inicial do governo era a de colocar no Orçamento de 2008 um total de R$ 11,8 bilhões para a agenda social, mas esse número não havia sido formalizado em nenhum documento oficial.

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Na reunião ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a Secretaria de Imprensa, considerou importante que os governistas façam um trabalho de comparação entre a agenda social do segundo mandato e a agenda social do primeiro mandato e que ressaltem o reforço de recursos para os programas sociais. Assessores relataram que Lula, na reunião, destacou que o discurso sobre o reforço nas políticas sociais no segundo mandato tem que ser um "livro de cabeceira" de parlamentares aliados e de ministros.