Governo ainda promete assentar 400 mil famílias

O governo vai ter de correr para cumprir a meta de assentar 400 mil famílias até o final de 2006, ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá disputar a reeleição. Apesar de o governo só ter assentado 235.055 famílias (pouco mais da metade da meta) nos três primeiros anos, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, garantiu ontem que a meta de assentar 400 mil famílias será atingida.

Balanço divulgado por Rossetto e pelo presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, informa que em 2005 foram assentadas 117,5 mil famílias, número superior à meta para o ano, que era de 115 mil. Segundo informações do ministério, a média anual de assentamentos no governo Lula é de 78.352. Na administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a média foi de 67.588.

Também foi destacada por Rossetto e Hackbart uma evolução na área destinada à reforma agrária. De acordo com os dados do ministério, no primeiro governo Fernando Henrique, a área destinada foi de 10.813.253 hectares e na segunda administração do tucano, 8.848.840 hectares. No atual governo, foram destinados até este ano 16.370.300 hectares.

Houve uma evolução nas desapropriações. Neste ano, foram desapropriados 958 imóveis, número muito superior aos 389 imóveis desapropriados em 2004. ?Os números mostram que o País está no caminho certo para alcançar também a meta de garantir terra a 400 mil famílias até o fim do governo Lula. Estamos preparados para assumir as 165 mil famílias assentadas restantes para o cumprimento da meta total dos quatro anos?, garantiu o ministro.

MST contesta

A Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) contestou ontem os dados divulgados pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, e disse que o governo inflaciona os números. ?Assim como a política econômica do governo Lula, a política de reforma agrária nada tem de original e repete os mesmos passos do governo Fernando Henrique Cardoso: inflaciona números, contabiliza a reposição de lotes em assentamentos antigos como novos assentamentos, e assentamentos precários no norte do País em terras públicas, preservando os grileiros da região?, afirma o MST em nota publicada em sua página na internet.

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