O governo concordou em discutir um redutor de algumas despesas correntes (despesas rotineiras), principalmente nos ministérios, como propôs o PDT. No próximo ano, nas discussões da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), será aberto espaço para discutir esse redutor.

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A informação foi dada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-PE), ao deixar reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o senador Jefferson Péres (PDT-AM), que foi ao ministério levar a proposta de seu partido.

Ao chegar para a reunião, Jefferson Péres afirmou que a aceitação da proposta poderia definir seu apoio à emenda que propõe a prorrogação até 2011 da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Péres explicou que a reivindicação pedetista é que se crie um mecanismo de contenção dos gastos correntes . ?Isso não é uma brincadeira, não é uma proposta fútil. Nós estamos querendo que se faça isso para o interesse do país?.

Ele destacou que pretendia lembrar a Mantega a importância de limitar os gastos, como ficou provado com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabeleceu parâmetros para limitar os gastos de estados e municípios.

Ao chegar, Péres afirmou que a condição do PDT para apoiar a prorrogação da CPMF é o atendimento às três reivindicações apresentadas: redução da CPMF, já acatada pelo governo; a redução do impacto da DRU sobre as verbas para educação, já acatada, e a redução dos gastos públicos, aceita nesta quarta. Segundo ele, aceitos os três pontos, os cinco senadores do PDT votarão a favor do governo.

?Se o governo assumir um compromisso formal de que isso será atendido, votaremos a favor?, disse. Para ele a proposta de redução de gastos poderia ser encaminhada até por uma emenda constitucional.

Na opinião do senador, a renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência da Casa e a disputa sucessória desencadeada imediatamente, deve atrapalhar a votação da emenda da CPMF.

?Acho que está no terreno incerto. Hoje eu não saberia dizer. Já havia dificuldade na base do governo e isso se complicou agora com a eleição no Senado?.

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