Os governadores do PMDB ensaiam uma reação conjunta contra a reforma tributária proposta pelo governo. Além de boa parte deles estar empenhada em manter a liberdade para conceder incentivos fiscais, há também a preocupação com a perda de receita, já que o PMDB governa Estados exportadores. É este o cenário que aguarda o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que começa hoje pela bancada do PMDB na Câmara sua peregrinação em defesa da reforma, cujo foco é o fim da guerra fiscal.
O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), que desembarca hoje pela manhã em Brasília, telefonou na semana passada ao presidente nacional da legenda, deputado Michel Temer (SP), para alertar a direção partidária de que o texto proposto pelo governo não pode ser aprovado sem modificações. ?Do jeito que está, o Espírito Santo perde 25% de sua receita?, queixou-se o governador. Para Teme pode ser o início de uma "reação em cadeia?, prevê o presidente do PMDB. O partido governa sete Estados, localizados nas Regiões Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste. A avaliação preliminar da bancada peemedebista hoje é de que só o Nordeste terá ganhos com a reforma nos moldes propostos pelo governo.