Os governadores do Nordeste decidiram fechar questão em apoio à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Estamos unidos em torno da aprovação da proposta, respeitando, claro, a autonomia dos senadores", afirmou o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), um dos presentes na quinta edição do Fórum dos Governadores da região, em Salvador.

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Para o governador do Piauí, Marcelo Déda (PT), o entendimento entre os nove Estados nordestinos sinaliza a importância da contribuição para a região. "Nós superamos essa discussão maniqueísta entre presidente e oposição para mostrar o quanto a CPMF é importante para a região", afirmou. "A contribuição pode não ser popular, mas é necessária. A discussão tem de ser sobre quando podemos abrir mão dela, e não é agora.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), acrescentou que "não é razoável retirar mais de R$ 40 bilhões do orçamento neste momento, é um montante similar a todo o orçamento da área de saúde do País". "Já houve a sinalização do governo em reduzir a alíquota, é o que pode ser feito", acredita. "Não dá para brincar com isso. Estamos falando da vida das pessoas, até porque os que são oposição agora podem vir a ser governo mais à frente.

Ao fim do encontro, os governadores apresentaram a Carta de Salvador, aprovada por unanimidade, na qual explicitam o apoio à prorrogação do chamado imposto do cheque. "Vamos trabalhar na busca por um diálogo mais profícuo entre o governo federal e os senadores para garantir a prorrogação", disse o governador baiano Jaques Wagner (PT).

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