O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), rebateu nesta sexta-feira (5) a crítica da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao termo "choque de gestão", classificando-o como um "conceito propagandístico". O chamado choque de gestão na administração estadual, a partir de 2003, é a principal vitrine do governo Aécio. O termo se tornou uma espécie de mote de campanha dos tucanos. Nos textos oficiais do Palácio da Liberdade, por exemplo, costuma vir grafado em letras maiúsculas.

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"A ministra Dilma é ainda das boas coisas que tem o PT, não apenas por ser mineira, mas por ser extremamente eficiente naquilo que faz. Na verdade, infelizmente, não houve ainda uma compreensão adequada do que é o choque de gestão", disse Aécio, após solenidade de assinatura de convênio para institucionalização do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), em Belo Horizonte.

Segundo ele, o termo cunhado "não pode ser compreendido como uma peça publicitária de um partido ou de um agrupamento político". "Isso não é bom para o País. Gestão eficiente, metas, transparência, eficiência do servidor público, participação dele nos bons resultados do Estado é uma prática que naturalmente avançará no Brasil. Em Minas, já avançou muito", disse. "Teremos no ano que vem R$ 9 bilhões em investimentos em razão do choque de gestão que fizemos".

A declaração de Dilma foi dada ontem durante sabatina no jornal Folha de S. Paulo. Nesta sexta-feira, o ministro da Justiça, Tarso Genro, iniciou seu discurso no Palácio da Liberdade exaltando o "excelente trabalho" que Aécio fez à frente do governo mineiro. "Não é de graça que ele teve votação consagradora na reeleição".

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