Goleiro do Atlético Mineiro acusado de agressão

Belo Horizonte O goleiro Eduardo Allex Scherpel, de 25 anos, que terminou o Campeonato Brasileiro de 2002 como titular do Atlético Mineiro, é acusado de ter agredido a jovem Lídia Regina da Mota Fonseca, de 27 anos, na madrugada deste domingo, em Belo Horizonte. A agressão teria acontecido, no apartamento de um outro jogador do Galo, o lateral Cicinho, depois que o goleiro tentava se “aproveitar” de uma amiga de Lídia. Na tarde deste domingo, Lídia passou por exames de corpo delito, no Instituto Médico Legal (IML), onde foi constatada a presença de marcas vermelhas no seu pescoço e na sua nuca.

Conforme o boletim de ocorrência, registrado na Delegacia Seccional Sul, da capital mineira, os jogadores Eduardo, Cicinho e Marquinhos foram a uma boate, na Savassi, região nobre de Belo Horizonte, com Lígia e outras duas amigas. Por volta das 2h da madrugada, os três jogadores e as três jovens se dirigiram ao apartamento de Cicinho, próximo à boate, no bairro Funcionários.

De acordo com Lídia, uma de suas amigas, identificada apenas como Fernanda, de 23 anos, visivelmente alcoolizada, dormiu ao chegar ao apartamento. Inconformado, o goleiro teria tentado “ficar” com Fernanda, mesmo com a garota dormindo. “Foi neste momento que falei para o Eduardo não fazer aquilo, pois a Fernanda estava dormindo e embriagada, e haveria outras oportunidades para que os dois ficassem juntos novamente. Mas ele não aceitou e partiu para cima de mim”, explicou.

Conforme Lídia, Eduardo teria dado um tapa na sua cara e vários socos na sua cabeça. “Ele me deu um tapa na cara primeiro. Aí revidei o tapa. Ele ficou mais nervoso e passou a me dar socos na nuca e tentou me sufocar. Aí comecei a gritar. Foi quando ele me soltou e me deu a oportunidade de fugir para pegar meu carro que estava na garagem do prédio e ir embora”, disse.

A jovem disse ainda que na tarde deste domingo recebeu diversos telefonemas, inclusive de um homem chamado Nem, pedindo para que todas esquecessem o caso e não dessem queixa na delegacia. “Me senti na obrigação de fazer a denúncia. Não sou garota de programa, tenho meu emprego e não vou aceitar ser agredida por homem, mesmo sendo jogador de futebol”, afirmou.

De acordo com o detetive Mesquita Filho, que registrou a ocorrência, todos os envolvidos no caso serão intimados a depor. O procurador do goleiro, Paulo Vilhena, informou que o atleta não vai comentar a denúncia de agressão. A diretoria do Atlético, através do diretor do Conselho Deliberativo do clube, Alexandre Kalil, também não quis se manifestar sobre a questão. A assessoria de imprensa do clube apenas informou que o atleta cumpre período de folga, que vai das 18h de sábado até às 9h de segunda-feira, período no qual o clube não se responsabiliza por qualquer assunto relativo à vida pessoal do jogador.

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