Gol troca número de vôo e faz um minuto de silêncio

A companhia aérea Gol alterou o número do vôo 1907 – que faz o percurso Manaus-Brasília-Rio de Janeiro – para 1867. A mudança foi feita para evitar vinculações com o acidente que vitimou 154 pessoas na sexta-feira passada.

Ainda ontem, por volta das 17h (horário em que teria ocorrido a tragédia), os funcionários da empresa em todo o Brasil pararam suas atividades e fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas. O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, convidou outras companhias aéreas para a manifestação. Houve também adesão dos empregados da Infraero nos aeroportos brasileiros.

Em Curitiba, cerca de 80 pessoas que aguardavam o embarque fizeram um círculo de orações em frente ao balcão da Gol pouco antes do início da homenagem, que terminou com uma salva de palmas. Em Foz do Iguaçu, funcionários e passageiros participaram do minuto de silêncio. Empregados de todas as companhias e de outros setores do aeroporto se concentraram no saguão juntamente com passageiros que aguardavam os próximos vôos. Depois da homenagem, palmas para lembrar os mortos no acidente.

Se incriminados, pilotos serão enquadrados no Código Penal

Cuiabá e Brasília (AE e ABr) – As polícias civil e federal continuarão investigando as causas do acidente envolvendo o avião da Gol e do Legacy da empresa americana ExcelAire. Embora as duas polícias entendam que o crime é de competência federal, a decisão final ficará a cargo do juiz de Peixoto de Azevedo, Tiago Souza Nogueira de Abreu.

De acordo com o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, Célio Wilson de Oliveira, a única providência que será tomada neste momento é a Polícia Federal comunicar à polícia civil que está nas investigações e receber cópia dos trabalhos realizados até agora. Para Oliveira, caso as investigações concluam que houve um crime, os dois pilotos serão enquadrados no artigo 261 do Código Penal (expor a perigo embarcação ou aeronave própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar a navegação marítima, fluvial ou aérea).

Já os controladores de vôo que trabalham no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo em Brasília (Cindacta 1) devem começar a ser ouvidos segunda-feira pela Polícia Federal. ?Vou ouvir os controladores de vôo responsáveis e colher toda prova pericial já feita pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pela Aeronáutica?, disse o delegado da PF que vai cuidar das investigações, Renato Sayão.

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