Um novo dia de caos no transporte coletivo da Grande Goiânia. Só 60 das 270 linhas da estão operando.Segundo a Polícia Militar, que recebeu liminar com determinação judicial para impedir bloqueios e garantir a saída dos ônibus, os motoristas se recusaram a sair das garagens.
O porta-voz da PM, coronel Divino Alves informou que a liminar não prevê a prisão dos líderes dos protestos, a menos que eles sejam flagrados impedindo a circulação da frota nas garagens, ruas ou terminais. “Nossos oficiais constataram hoje que não havia interdição nem depredações, mas os motoristas não queriam sair, então não pudemos fazer nada”, afirmou.
Se esta situação perdurar até a segunda-feira, 19, ele teme uma revolta dos milhares de usuários de transporte público.
A rede Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), consórcio que reúne as cinco empresas que operam na Região Metropolitana de Goiânia nega ambiente de greve e informa que o clima de insegurança é que impede a saída dos ônibus das garagens para os terminais de integração. Segundo a RMTC, houve sim bloqueio na porta de algumas garagens no início da manhã e sete ônibus foram atacados, o que, somado ao total desde quinta-feira, quando os protestos começaram, eleva para 85 o número de ônibus depredados.
O protesto é organizado por motoristas ligados ao Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), um sindicato dissidente que discorda da negociação salarial fechada esta semana.
A RMTC informou que aguarda o cumprimento da liminar judicial obtida ontem pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp) que negociou o reajuste salarial com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Goiás (Sindittransporte) para garantir a volta do sistema à normalidade. A negociação gerou reajuste de 7%, fora outros ganhos, e o Sindicoletivo pleiteava 15%.