Em um esforço para abrir o lucrativo mercado brasileiro, a GlaxoSmithKline concordou em dar ao Brasil parte de sua tecnologia para fabricação de vacina e financiar a pesquisa para uma vacina contra a dengue, uma doença que atinge particularmente o País. O acordo é um sinal da crescente influência que os mercados têm em negociar acordos com a indústria farmacêutica. A Glaxo e outras companhias esperam que mercados emergentes, como o brasileiro, respondam por grande parte do crescimento de suas vendas no futuro, enquanto as vendas nos mercados mais desenvolvidos desaceleram.

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O executivo-chefe da Glaxo, Andrew Witty, disse que o Brasil concordou em comprar quase 1,5 bilhão de euros em vacinas contra o pneumococo – o Synflorix – ao longo de dez anos. Durante esse período, a Glaxo vai gradualmente fornecer ao Brasil a tecnologia para fazer a vacina e, quanto o prazo terminar, o País fará sua própria vacina. A informação foi dada hoje por Witty e pelo ministro da Saúde brasileiro, José Gomes Temporão, em um encontro com jornalistas em Londres.

A Glaxo também vai investir 35 milhões de euros em um projeto de pesquisa para uma vacina contra a dengue, segundo os funcionários brasileiros. A pesquisa será realizada na Fundação Oswaldo Cruz, com o governo brasileiro investindo outros 35 milhões de euros. A dengue é uma doença tropical transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e atinge até 100 milhões de pessoas a cada ano. “Uma de nossas visões estratégicas é fortalecer a capacidade brasileira para produzir, desenvolver e inovar” novas drogas e instrumentos de saúde, disse Temporão.

A Glaxo informou ainda que está concedendo ao Brasil um desconto sobre o preço da vacina contra o pneumococo, em parte porque o País concordou em fazer encomendas por muitos anos. A companhia vai começar cobrando 11,50 euros por dose, com o preço gradualmente caindo ao longo do tempo. O Synflorix é uma vacina desenvolvida para prevenir diferentes tipos de doenças provocadas pelo pneumococo, incluindo algumas formas de pneumonia e meningite provocada por bactéria. As informações são da Dow Jones.

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