A Prefeitura de São Paulo fechou o ano de 2014 com uma fila por vagas em creches praticamente igual à registrada quando Fernando Haddad (PT) assumiu a gestão. Em dezembro do ano passado, havia 94,1 mil crianças na espera por creche – no mesmo mês de 2012, eram 93,8 mil.

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Quando assumiu a Prefeitura, Haddad usou a demanda de dezembro de 2012 como parâmetro para a promessa de zerar a fila em creches (que atendem crianças de 0 a 3 anos). Assim, das 150 mil novas vagas em educação infantil prometidas, 93,8 mil devem ser em creche. É considerada educação infantil a escolaridade até os 5 anos.

Em dois anos, a gestão Haddad criou 14,1 mil vagas em creche. Em dezembro de 2012, havia 214.094 crianças matriculadas. No mesmo mês de 2014, esse número passou para 228.204, segundo dados da Secretaria Municipal de Educação. A Prefeitura, entretanto, usa outro cálculo e afirma ter criado mais de 30 mil vagas – o que não bate com o número de crianças atendidas, como mostrou reportagem do Estado de janeiro.

Na terça-feira, 10, o prefeito e o secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, reuniram-se com 177 empresários para pedir que eles construam creches no Município. No projeto, as empresas serão responsáveis pela construção das creches e cessão do terreno. Caberá à Prefeitura a gestão.

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A primeira parceria, com a rede Carrefour, já foi fechada e deve render 20 unidades. A previsão é de que a primeira seja entregue até junho. O Município não definiu meta para o número de unidades, mas há expectativa de que sejam em torno de cem. O Pão de Açúcar também mostrou interesse e um terreno da Universidade de São Paulo (USP) está em negociação.

Chalita afirma que quer conseguir os equipamentos sem dar nenhuma contrapartida às empresas, mas ontem empresários pediram por isenção no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “Algumas empresas falam em possibilidade de renúncia fiscal, se há possibilidade disso ou não. Acho que pode ser estudado”, diz Chalita.

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A Prefeitura prometeu a construção de 243 creches até o fim da gestão. A parceria com as empresas seria uma forma de alcançar esse número, uma vez que há grande dificuldade de conseguir terrenos. A gestão informou que já entregou 30 creches e outras 15 estão em obras.

O secretário também espera que os valores repatriados pelo Ministério Público em caso envolvendo o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) sejam destinados para as creches. Há uma disputa para que os recursos financiem a compra do terreno do Parque Augusta. Mas, como os quase

R$ 70 milhões seriam suficientes apenas para metade do valor do terreno, a expectativa dentro do governo é de que o montante fique na educação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.