Municípios que adotaram programas de gestão e acompanhamento escolar tiveram crescimento muito acima da média nacional na taxa de aprovação e na melhoria do número de alunos que estão na série em que deveriam estar, chamada distorção idade-série. Essas redes apresentaram também uma queda bem maior do que o resto do País nos índices de reprovação e evasão escolar, segundo pesquisa do economista Ricardo Paes de Barros, realizada pela equipe do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets).

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Em seis anos, 947 cidades aplicaram o programa desenvolvido pelo Instituto Ayrton Senna em suas escolas – quase 20% dos municípios do País. Foram avaliados alunos de 1ª a 4ª série das redes públicas que adotaram os programas no período de 1999 a 2005, com base em informações do Censo Escolar e da Prova Brasil, aplicada pelo Ministério da Educação. Os dados foram comparados com os apresentados pelo País no mesmo período e por municípios de características observáveis similares. As 947 redes que aplicaram os programas tiveram avanços maiores em todos os itens analisados.

Há um programa específico para corrigir a distorção idade-série, chamado Acelera Brasil, em que os alunos devem ler 40 livros. Outro projeto, o Se Liga, visa a alfabetização de alunos com de dificuldade de aprendizagem. Alguns gestores veem a educação como simples oferta de sala de aula, aluno matriculado, professor contratado, material, merenda e recursos distribuídos, mas tudo sem integração, o que leva a um baixo aproveitamento desses recursos e, consequentemente, coloca em risco o sucesso do aluno. O terceiro programa, chamado Gestão Nota 10, propõe metodologias e práticas que toda a rede deve adotar.

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