O gesseiro José Vandevaldo Gomes, mais conhecido como Vando, testemunha de defesa do caso Isabella, disse nesta quinta-feira (3) à Justiça que depôs a pedido de uma amiga do advogado Antônio Nardoni, avô da menina assassinada e pai do acusado pelo crime, o consultor jurídico Alexandre Nardoni, que está preso. Vando trabalhou em obras no Residencial London até o dia do crime e, no início do ano, trocou a fechadura dos apartamentos de Alexandre Nardoni e da irmã dele, Cristiane Nardoni.

continua após a publicidade

Segundo o gesseiro, a decoradora Márcia Regina Ferreira, que fez a decoração do apartamento do acusado pelo crime – e depôs na última quarta-feira (2) pela defesa -, telefonou-lhe dias após a morte, pedindo que ele "ajudasse o sr. Nardoni". O pedido foi reforçado pouco tempo depois por um funcionário de Regina. Vando foi citado com características de suspeito, nesta quarta, por testemunhas de defesa, por ter deixado uma obra inacabada na casa de um dos depoentes, Vasco Oliveira, e ter saído de lá no dia da queda de Isabella Nardoni dizendo que passaria no "prédio dos Nardoni" (o London). Oliveira é amigo da família Nardoni.

Intimado a depor, o gesseiro afirmou que deixou a obra na residência do depoente depois do crime porque a própria família do patrão solicitou. Disseram que o chamariam para retomar o trabalho, mas isso não foi feito. Vando disse ter ficado um mês sem trabalhar depois do crime, pois muitos dos serviços dele eram no London.

Outros dois trabalhadores que prestaram serviços à família Nardoni no London depuseram nesta quinta-feira (3). Antônio Gomes Pereira e Paulo Rogério de Camargo trabalham na mesma empresa que o gesseiro. Pereira, Camargo e uma pessoa chamada William trabalharam no apartamento de Alexandre Nardoni. William foi pela primeira vez ao London no dia da morte da menina.

continua após a publicidade

Pereira e Camargo relataram que conseguiam os serviços por indicação de Antônio Nardoni. Os dois trabalharam nos imóveis ainda desocupados. Eles relataram que entravam no edifício por uma porta lateral, chaveada, que era aberta por funcionários do prédio, pegavam as chaves do apartamento na portaria e, depois do serviço, as devolviam. Pereira e Camargo disseram que fizeram um registro na portaria e, depois disso, não precisaram mais se identificar para entrar.