São Paulo – O presidente nacional do PT, José Genoino, pôs ontem, mais uma vez, o cargo à disposição do diretório nacional do partido. Genoino, porém, não formalizou nenhum pedido de afastamento, como fizeram os secretários-geral, Sílvio Pereira, e de Finanças e Planejamento, Delúbio Soares. A informação foi dada ontem pela candidata a presidente nacional da legenda Maria do Rosário (Movimento PT), nas eleições de 18 de setembro.

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Apesar de não ser membro da executiva nacional, Maria do Rosário participou da reunião em São Paulo. Ela disse que o encontro foi muito difícil, mas acredita que a sigla deverá sair fortalecida para encontrar o caminho. "Precisamos de muita unidade neste momento, e acredito que a executiva será rearticulada." Maria do Rosário confirmou também a abertura de um processo na Comissão de Ética da agremiação para apuração de todas as denúncias envolvendo o nome de Delúbio.

A candidata do Movimento PT a presidente nacional do PT disse que, apesar de o presidente nacional do PT ter posto o cargo à disposição do diretório – destacando que alguns membros poderão pedir o afastamento dele na reunião de sábado -, Genoino deve permanecer na função. "Mesmo que ele (Genoino) tenha errado, sua saída, neste momento, não contribui em nada para o partido. Além disso, precisamos respeitar sua biografia."

A assessoria do PT informou que a resolução do encontro foi aprovada por nove votos, na maioria do campo majoritário. As alas à esquerda do partido tentaram aprovar uma decisão de seis itens, dentre os quais, o que responsabiliza os "maiores meios de comunicação do País e a oposição de direita pela ofensiva contra o PT e o governo Lula". Essa deliberação teve seis votos.

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