Rio de Janeiro – O presidente da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, defendeu nesta sexta-feira (1.º) a abertura do capital da empresa como forma de garantir os investimentos e a agilidade necessários para atender as demandas crescentes do setor.

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Gaudenzi vistoriou os aeroportos internacionais de Guarulhos (SP), pela manhã, e o do Galeão (RJ), à tarde. Ele foi conferir como estava o movimento de passageiros nesse período de carnaval e verificar as condições físicas dos aeroportos. No Galeão as filas eram longas, mas sem tumultos.

?Para abrir o capital, primeiro é preciso ter uma concordância do governo. Isso vai ao ministro [da Defesa], que levará ao presidente [da República], que dará uma definição sobre o assunto?, disse. Gaudenzi ressaltou que o debate provavelmente também envolverá o Congresso.

Segundo ele, os acionistas privados passam a ser sócios ? com o governo mantendo a maioria das ações ? e vão querer retorno de capital, contribuindo para aumentar a fiscalização na empresa.

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?Esses acionistas vão manter uma fiscalização muito efetiva, porque eles têm interesse que a empresa dê resultado. Na abertura de capital, preservamos a decisão final do governo, que mantêm metade mais uma das ações com direito a voto. Mas no dia a dia, os acionistas participam inclusive indicando diretores para a empresa?.

Para Gaudenzi, a abertura de capital é uma maneira moderna e mais ágil de gerir. De acordo com ele, as demoras nas decisões da Infraero também acontecem porque é preciso obedecer a uma série de leis, com requisitos de licitações, que numa empresa de capital aberto é muito mais simples.

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A Infraero controla 67 aeroportos no país, com 11 mil funcionários próprios e outros 14 mil terceirizados.

Com 31 anos de uso, o Galeão vem sofrendo com os constantes enguiços de elevadores e escadas rolantes, causados pelo desgaste dos equipamentos. Segundo Gaudenzi, para promover as reformas necessárias no aeroporto do Rio serão precisos R$ 400 milhões até 2010.

Em 2007, conforme números da Infraero, passaram pelo Galeão 10,5 milhões de passageiros, um crescimento de 17% sobre 2006. Para 2008, o aumento projetado é ainda maior, devendo chegar a 20%.

As obras visam justamente garantir conforto e segurança a esses passageiros. No terminal 2 do Galeão, inaugurado em 1999, ainda falta terminar um terço do prédio, o que praticamente dobrará sua capacidade quando estiver pronto.