Rio de Janeiro – A violência – uma das principais causas de morte no Brasil – sobrecarrega o sistema de saúde e custa cerca de R$ 4 bilhões, ao ano, para as três esferas de governo. As informações são do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Osmar Terra.

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Segundo ele, a violência é a sétima causa de morte entre as mulheres e está entre as quatro primeiras entre os homens. O problema também influencia a vida das pessoas, que teriam mais medo de ser alvo da violência do que de adoecer.

?Essa é uma preocupação de todos. Cada cidadão se angustia com a questão da violência muito mais do que com problemas que matam estatisticamente mais como o câncer e os acidentes do coração.?

Durante seminário sobre a influência da violência na saúde, o presidente do Conass defendeu a aplicação integrada de políticas sociais em áreas como moradia, emprego, alimentação e lazer com o objetivo de trabalhar preventivamente no combate à violência. O evento reúne representantes do Sistema Único de Saúde (SUS) e de outras áreas como a segurança pública.

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Terra também propôs investimentos no ensino para mediação de conflitos, desenvolvimento infantil e em pesquisas que apontem os fatores de risco para violência e as áreas onde o problema é mais grave.

?A violência não está em toda a parte. Temos que saber quem são essas pessoas e onde estão. De forma organizada, ampliaremos a oferta de serviços para saúde física e mental. E quanto mais serviços, menos violência.?

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O representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Fernando Rocabado, também ressaltou que os problemas da violência estão ligados às desigualdades sociais e precisam de ?respostas urgentes?.

?É um problema que requer respostas no campo da promoção da saúde, de educação e, sobretudo, nas áreas determinantes socialmente?. Ele informou que a América Latina gasta 14% do PIB no tratamento de vítimas de violência.