Os dispêndios com importações de gás natural atingiram US$ 228,2 milhões em janeiro, com aumento de 81% em relação a janeiro do ano passado, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O forte aumento resultou não só de maior volume adquirido este ano, com a média de 32 milhões de metros cúbicos diários, como também pela elevação dos preços. O acordo assinado pela Petrobras com a Bolívia prevê o reajuste trimestral no preço do combustível, acompanhando a oscilação do produto no mercado internacional.
O volume deste ano representou acréscimo de 29,8% em relação ao contabilizado em janeiro de 2007. O contrato entre o Brasil e a Bolívia prevê um volume de 30 milhões de metros cúbicos diários, mas no mês de janeiro o governo brasileiro fez um grande esforço para ampliar a oferta de gás natural para as usinas térmicas, visando preservar os reservatórios das grandes hidrelétricas.
O gasoduto Bolívia-Brasil iniciou as operações no final dos anos 90 e os dados da ANP mostram que os dispêndios do País com a compra de gás natural aumentaram quase dez vezes nos últimos oito anos. No ano 2000, as importações do combustível totalizaram US$ 184 milhões e foram aceleradas a partir de 2004, quando as importações brasileiras totalizaram US$ 784 milhões. Em 2005, subiram para US$ 1,044 bilhão; US$ 1,559 bilhão em 2006 e US$ 1,783 bilhão no ano passado.