Brasília (AE) – O desembolso com o programa Bolsa-Família deu um salto de 60% em apenas um mês, saindo de R$ 597,7 milhões em junho para R$ 952,4 milhões em julho, período que coincidiu com a melhora da avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, apontada pelos institutos de pesquisa. No nordeste, região de maior popularidade de Lula e onde ele obtém maiores intenções de voto, o aumento em julho foi ainda maior, atingindo 93% – de R$ 245,8 milhões para R$ 473,8 milhões.
O casamento do ano eleitoral com a expansão do assistencialismo pode explicar o bom desempenho do presidente Lula nas pesquisas de intenção eleitoral, assim como a boa avaliação do seu governo. Os gastos com o Bolsa Família estão crescendo justamente no período imediatamente anterior à eleição, como explica o economista Mansueto Almeida, assessor do presidente do PSDB, Tasso Jereissati, em trabalho realizado a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).
Até julho, os benefícios do Bolsa Família consumiram R$ 4,3 bilhões, faltando aproximadamente R$ 4 bilhões para serem despendidos até o fim do ano.
