A gasolina teve aumento médio de 11,52% no País após o reajuste do combustível na refinaria em 12% anunciado pela Petrobras na sexta-feira passada, passando de R$ 1,761 o litro para R$ 1,964. O aumento foi verificado na pesquisa semanal divulgada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgada hoje (8).
Ainda segundo a pesquisa, o preço do litro do diesel passou de R$ 1,068 para R$ 1,242, aumento médio de 16,29% em todo o País, em reflexo do reajuste de 20,5% repassado pela Petrobras. O álcool hidratado, passou de R$ 1.014 o litro para R$ 1,275, aumento de 20,85%. O gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, aumentou em 8,40%, passando de R$ 23,09 o botijão para R$ 25,03.
Desde o reajuste anunciado pela estatal, as distribuidoras haviam previsto o aumento no preço da gasolina para o consumidor em torno de 12%, sendo que parte deste aumento se devia a um reajuste no preço do álcool anidro, que é adicionado à gasolina, na proporção de 25%.
Segundo as distribuidoras, pelo menos três pontos porcentuais deste aumento se devem à alta do preço do álcool. Ainda segundo a pesquisa da ANP, no Estado de São Paulo, o aumento médio da gasolina para o consumidor foi de 11,82%. O preço médio da gasolina nos postos do estado passou de R$ 1,734 para R$ 1,939. O preço médio do diesel, passou de R$ 1,046 para R$ 1,219, aumento de 16,5%. O álcool hidratado na bomba teve aumento de 18,8% no estado, passando de R$ 0,971 para R$ 1,154 e o GLP, o gás de cozinha, foi de R$ 22,58 o botijão para R$ 24,67 aumento de 9,2%.
Denúncia
O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis (Fecombustíveis), Luiz Gil Siuffo Pereira, acusou o setor sucroalcooleiro de cartelização. ?Quando quatro ou cinco postos vendem a gasolina a preços semelhantes numa mesma cidade, o que via de regra ocorre porque concorrem pelo preço mais baixo, a Secretaria de Defesa Econômica abre logo um processo para investigar a existência de um cartel. No entanto, os usineiros vêm a público admitir que elevaram seus preços em conjunto, por meio da União da Agroindústria Canavieira (Unica) e a Secretaria não faz nada?, acusou.
A assessoria de imprensa da Unica informou que em nenhum momento houve elevação de preços combinado. Além disso, a associação informou que considera a acusação de cartelização ?leviana e irresponsável?. ?Como pode um setor que tem mais de 200 unidades na região Centro-Sul conseguir combinar preço entre si? E se fosse possível, como explicar que os preços tenham caído de R$ 0,56 para R$ 0,32 o litro de álcool anidro no pico da safra em julho??, questionou a associação por meio da assessoria de imprensa.