Rio ? Depois da descoberta de gás natural na Bacia de Santos, o uso do combustível passa a ser tangível e, mais do que isso, constitui um grande desafio para o Ministério de Minas e Energia, que é o de massificar o gás na matriz energética. A avaliação foi feita hoje na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, pela ministra Dilma Rousseff, para quem o gás pode ser a diferença para uso direto ou por meio de co-geração.
“O gás é mais importante como energético ligado à matriz industrial do que como qualquer outro uso dele, num primeiro momento, em termos de visão estratégica da integração do gás no Brasil. A partir daí, pode-se pensar como o produto vai se integrar na termeletricidade, no gás veicular”, destacou.
Observou, porém, que existe um problema porque o consumo de gás industrial não é massivo. Os consumos são dispersos, tipo residencial, industrial e pulverizados de gás veicular. Já na área térmica, existem pontos onde o consumo é concentrado em quantidade elevada. Uma térmica de 500 MW consome 2,4 milhões de metros cúbicos/dia, enquanto um posto de GNV(gás natural veicular) fornece entre 10 a 15 mil metros cúbicos por dia, se ele for bom. Uma empresa média consome de 10 a 20 mil e uma grande, como a GM, consome 200 mil metros cúbicos/dia. (Alana Gandra)