O candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, disse hoje, no município metropolitano de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, que o segundo turno das eleições será ? a hora da verdade? entre ele um candidato que representa a ?oposição autêntica?, e o petista Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato ?da oposição que se juntou com os poderosos?.
?Esse é o Lulinhalei, o Lulinha de Sarney?, afirmou, em um minicomício, em cima de uma caminhonete, depois de uma caminhada. O socialista se classificou como ?o único candidato que não aceitou dinheiro de banqueiro e não sujou as mãos com político sujo?. ?O Lula se juntou com o Sarney, o Ciro (Ciro Gomes, da Frente Trabalhista) se juntou com o Collor (o ex-presidente Fernando Collor de Mello) e o Garotinho se juntou com o povo?, disse. Pouco antes, no primeiro comício do dia, no município metropolitano de Abreu e Lima, ele havia frisado ser o único presidenciável com coragem para enfrentar os banqueiros e que ?os banqueiros ganham demais?.
Em Abreu e Lima, Garotinho recebeu a adesão do prefeito Jerônimo Gadelha, do PDT, e discursou em cima de um trio elétrico na Avenida Brasil. Ele ressaltou que sua campanha é a mais pobre e humilde que um candidato já fez, mas que cresce porque, mesmo tendo ?um partido pequeno, recurso pequeno e tempo pequeno na televisão, tem um Deus grande que vai levá-lo à vitória?.
Numa crítica ao programa eleitoral do tucano José Serra, ele disse que não é Chitãozinho e Xororó nem Elba Ramalho que vão arranjar emprego para a população. ?Emprego se gera com juros baixos e crédito?. Ele acrescentou que quem quer um salário mínimo de R$ 280,00 em maio do próximo ano vota em Garotinho e quem quer o salário de R$ 211,00, vota em Serra. ?Também vota em Serra o aposentado que quer ser chamado de vagabundo, e em Garotinho quem quer receber o equivalente ao que contribuiu?, complementou.
Garotinho pediu para que multiplicassem o voto, fazendo campanha com a família e amigos. ?No dia 6 o Brasil vai tomar um susto quando abrir as urnas?, previu. ?Não se vai saber de onde saiu tanto voto, o voto secreto, do povo humilde?.
Ele desembarcou no Recife às 11 horas e pretendia cumprir uma agenda que incluía 10 compromissos – caminhadas, encontros com evangélicos, entrevista e shows gospel – até o final da noite na capital, região metropolitana e zona da mata. Foi recebido e acompanhado pelo presidente nacional do PSB e candidato a deputado Miguel Arraes, o candidato ao governo Dílton da Conti, o candidato ao Senado, João Arraes e o deputado federal que tenta a reeleição Eduardo Campos, neto de Arraes.
