A polícia localizou uma prostituta que também acusa de agressão os rapazes presos pelo espancamento da doméstica Sirley Dias, de 32 anos, na madrugada de sábado passado. A moça, identificada como Ângela, já prestou depoimento e contou que foi atacada no mesmo dia, num ponto de ônibus anterior ao que Sirley estava. O grupo de jovens de classe média também é acusado de agredir um rapaz num posto de gasolina.
De acordo com Ângela, ela estava com um cliente, quando os rapazes chegaram, fazendo ameaças. O cliente os afastou. O grupo voltou quando ela ficou sozinha. A moça contou que foi chutada e que os rapazes roubaram sua pochete. Na delegacia, Ângela reconheceu o estudante de direito Rubens Corrêa como o primeiro a bater nela. "O primeiro a agredir foi o Rubens. Ela não reconheceu os outros, porque ficou de costas, depois que começou a apanhar e saiu correndo", disse o delegado Carlos Augusto Nogueira, da 16.ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca).
O sexto jovem que estava no Gol preto, Arthur Fernandes Campos da Paz, de 19 anos, apresentou-se nesta quinta-feira (28) à polícia, acompanhado por dois advogados. Ele foi ouvido como testemunha do caso. De acordo com o depoimento dos cinco jovens presos, o rapaz estava bêbado, dormia no carro, e não participou da agressão.
Carlos Augusto Nogueira também tomou o depoimento de um frentista que acusou Rubens Corrêa e Leonardo Andrade de terem agredido um rapaz num posto de gasolina na Barra. De acordo com Nogueira, a vítima já foi identificada e será chamado para depor. Uma outra mulher que estava ao lado de Sirley no ponto de ônibus e que também foi espancada também foi convidada a ir à delegacia para prestar queixa contra os estudantes.
Diante dos últimos depoimentos tomados, o delegado decidiu autuar os cinco jovens também por formação de quadrilha. Para Nogueira, há indícios de que os rapazes costumavam atuar em grupo, espancando e roubando suas vítimas. Eles também respondem por tentativa de homicídio e roubo.