Seis meses depois do fim da operação Boi Pirata na Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, no Pará, uma grande quantidade de gado foi flagrada pastando ao lado de uma área queimada em uma das maiores Unidades de Conservação da Amazônia. A Boi Pirata foi criada justamente para expulsar o gado dessas unidades.

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Ocupantes de área equivalente a quase oito vezes o tamanho da cidade de São Paulo haviam sido notificados a retirar todo o gado da reserva. Mas ele estava pastando dentro da Unidade de Conservação ao lado de novas áreas de queimadas – provocadas para abrigar novos pastos, avalia André Muggiati, coordenador do Greenpeace.

Na semana passada, a Flona do Jamanxim teve seu território sobrevoado por uma equipe da ONG ambientalista. As fotos a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso foram feitas durante o sobrevoo. O gado estava mais ao centro, distante das fronteiras da floresta.

A Flona do Jamanxim é uma das unidades de conservação campeãs em queimadas na Amazônia, segundo boletim da ONG, baseado em dados dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre o final de julho e o dia 22 de agosto, foram detectados 885 focos de incêndio na Jamanxim.

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