O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, não poupou críticas aos produtores culturais do País durante o lançamento da edição 2010 do Programa Petrobras Cultural (PPC), nesta manhã em Salvador.
“Produtor cultural é um bicho complicado, ele acha que pode tudo, mas às vezes não tem CNPJ, não tem estatuto, não tem organização nenhuma, e precisa ter, porque nós vamos prestar contas do dinheiro que estamos dando”, disse. “Só tem uma categoria pior do que produtor cultural, que é banqueiro.”
O PPC vai distribuir R$ 61,2 milhões para projetos em 19 áreas culturais, com destaque para audiovisual (R$ 21,2 milhões), artes cênicas (14,6 milhões) e memória das artes (R$ 7 milhões). As inscrições para o programa podem ser feitas pelo site www.petrobras.com.br/PCC.
De acordo com Gabrielli, Salvador foi escolhida para o lançamento do programa por causa do esforço para descentralizar a produção cultural do País – no ano passado, 60% dos investimentos do PPC foram aplicados em ações do eixo Rio-São Paulo. “É natural que a maior parte dos recursos fique entre Rio e São Paulo, porque a maioria dos produtores culturais está nessa região, mas temos de incentivar a descentralização”, defendeu.
