A juíza Gabriela Hardt deixou nesta segunda-feira, 19, a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, onde cuidava dos processos remanescentes da Operação Lava Jato. A mudança se dá em meio ao pente fino que o corregedor Luis Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), faz no berço da operação.
O juiz Fábio Nunes de Martino, que despachava na 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, será o novo titular da Lava Jato e o juiz Murilo Scremin Czezacki, da 2ª Vara Federal de Cascavel, assume como substituto.
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Gabriela foi transferida para a 3.ª Turma Recursal do Paraná. O colegiado julga ações sobre temas previdenciários e assistenciais. A “dança das cadeiras” ocorreu porque a juíza Graziela Soares foi convocada para trabalhar como auxiliar da Corregedoria Regional da 4.ª Região e precisou deixar a turma.
Gabriela Hardt voltou a conduzir, temporariamente, os processos remanescentes da Lava Jato após o afastamento do juiz Eduardo Appio. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) abriu uma investigação interna para apurar se ele tentou investigar informalmente o desembargador Marcelo Malucelli.
A juíza já havia manifestado interesse em deixar a 13ª Vara. Ela pediu transferência para Florianópolis, mas a remoção havia sido negada pelo TRF-4.
Depois que voltou aos holofotes da Lava Jato, Gabriela foi chamada para dar explicações na Câmara dos Deputados, em um procedimento que arrastou seu pai, o engenheiro Jorge Hardt Filho, diagnosticado com Alzheimer. A 13ª Vara Federal de Curitiba também virou alvo da fiscalização extraordinária do CNJ.
A primeira vez que ela assumiu as ações Lava Jato foi em 2018, quando substituiu o ex-juiz Sergio Moro.
– Sergio Moro (2014-2018);
– Gabriela Hardt (2018-2019 e 2023);
– Luiz Antônio Bonat (2019-2022);
– Eduardo Fernando Appio (2023);
– Fábio Nunes de Martino (novo titular).