G-8 exclui proposta sobre a fome

Evian – Os chefes de Estado e de governo dos oito países mais poderosos do mundo (G-8) não mencionaram ontem em sua declaração final o Fundo Mundial contra a Fome, programa apresentado no domingo na cúpula pelo presidente brasileiro Luiz Inácio da Silva. Na abertura da cúpula do G-8, Lula participou de uma reunião ampliada a onze países emergentes, na qual apresentou sua idéia do fundo e sugeriu formas de financiá-lo: uma taxa sobre venda de armas e o serviço da dívida pago pelos países pobres.

Ao lançar sua proposta no Fórum Econômico e Social de Davos em janeiro, Lula sugeriu que fundo seja “formado pelos países do G-8 e financiado pelos grandes investidores mundiais.” Na declaração final de Evian, os oito países mais poderosos do mundo não fizeram menção alguma à proposta de Lula, apesar da advertência feita pelo dirigente brasileiro de que “a fome não pode esperar”.

Nas cinco páginas do documento, dedicadas principalmente à economia mundial, a luta contra contra o terrorismo e questões regionais como o Irã e o Oriente Médio, os chefes de Estado e de governo se limitaram a dedicar quatro linhas ao problema da fome, apesar de reconhecer que “os riscos da fome ameaçam milhões de pessoas.”

O G-8 garantiu que o problema da fome afeta “principalmente a África” e se comprometeu a “responder às necessidades alimentares urgentes”, sem dar maiores informações. O grupo dos países mais poderosos do mundo também se referiu “a medidas que precisam ser tomadas para melhorar os mecanismos de prevenção da fome e da segurança alimentar a longo prazo.”

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo