Os primeiros cinco projetos aprovados para receber recursos do Fundo Amazônia serão anunciados até o fim do mês, segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. O valor liberado será de R$ 45 milhões. As instituições contempladas são o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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Minc não deu detalhes sobre os projetos. Disse apenas que um deles envolve o pagamento por serviços ambientais. “Antes a gente pagava para desmatar, agora vamos pagar para preservar”, disse o ministro, na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus. A frase faz referência ao fato de que, no início da ocupação, governo financiava o desmatamento como forma de “tornar a terra produtiva”.

O Fundo Amazônia foi criado pelo governo brasileiro para receber doações de outros países que queiram financiar iniciativas de conservação da floresta. A Noruega assinou contrato para doação de US$ 1 bilhão em sete anos – dos quais US$ 110 milhões já estão em caixa. A liberação do dinheiro é condicionada à redução do desmate.

“Este ano teremos o menor desmatamento dos últimos 20 anos na Amazônia”, prometeu Minc. Ele se comprometeu também a completar, até o fim do ano, o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) de toda a região. Minc reiterou a posição de não autorizar a reconstrução da BR-319 (Manaus-Porto Velho) sem que algumas exigências ambientais sejam respeitadas. O reasfaltamento da estrada faz parte dos planos de infraestrutura do governo federal.

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