Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) prometem entrar em greve a partir da meia-noite desta quarta-feira (12), em razão do entrave nas negociações a respeito da campanha salarial da categoria com a companhia. A expectativa dos sindicalistas que representam a categoria é que pelo menos os funcionários das áreas operacionais, como carteiros, motoristas, motociclistas e atendentes interrompam o trabalho.

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Sindicalistas e a empresa discordam dos valores de reajuste e dos benefícios. Os trabalhadores querem R$ 200 de aumento real linear, concedido a todos os trabalhadores, além de um reajuste de 47,77%, a título de compensação pelas perdas salariais desde 1994. Já a companhia oferece 3,74% de reajuste e aumento linear de R$ 50, a partir de janeiro do próximo ano, além de um abono salarial de R$ 400, sendo que metade seria pago 15 dias após o fechamento do acordo e o restante em janeiro.

Ainda hoje, os sindicatos ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares devem fazer assembléias em várias regiões do País para decidir sobre a paralisação. Entretanto, os sindicalistas dão a greve como certa, já que essa é a recomendação do Comando de Negociação. "Nossa orientação é pela greve e a visão é que ela realmente aconteça de maneira forte", afirma José Rivaldo da Silva, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em São Paulo e membro da comissão de negociações.

Hoje os Correios empregam 108 mil pessoas. De acordo com José da Silva, 52 mil são carteiros e é desta classe que os sindicalistas esperam maior adesão. "Culturalmente, a área administrativa não pára", afirma. A expectativa é que cerca de 25 dos 33 sindicatos que compõem a Federação entrem em greve.

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