Funcionários do Ibama encerram greve após dois meses

Depois do corte de 17 dias de salário, determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decidiram nesta sexta-feira (13), em várias assembléias pelo País, encerrar a greve de dois meses e retornar ao trabalho a partir da próxima quarta-feira, quando começa o recesso parlamentar. A decisão foi tomada um dia depois da reunião do comando de greve com a direção do Ibama, que concordou em abrir negociações sobre reposição dos dias parados para os que retomarem suas atividades.

Em ofício enviado aos representantes da categoria, o presidente do Ibama, Balizeu Alves Neto, também se comprometeu a revogar a Portaria 755, segundo a qual as ausências no serviço prejudicariam o pagamento das gratificações e a efetivação dos funcionários no período probatório de três anos.

Os servidores, no entanto, ainda se declaram em "estado de alerta" e ameaçam cruzar os braços novamente no início de agosto quando os parlamentares voltarem das férias, já que o objetivo do movimento é político. Eles prometem continuar a pressão para derrubar a Medida Provisória 366, que dividiu o Ibama e criou o Instituto Chico Mendes. A MP já recebeu sinal verde da Câmara, mas ainda precisa passar pelo crivo do Senado.

Enfraquecimento

Deflagrada no dia 14 de maio, a paralisação do Ibama começou a minguar no início deste mês, quando os servidores receberam os contracheques com o desconto dos dias parados. Dos 6,4 mil funcionários, mais da metade já retornou ao trabalho. Permanecem em greve, ainda, os funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Ministério da Cultura e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além dos técnicos administrativos de 46 universidades federais.

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