O comando de greve da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) decidiu ontem continuar a paralisação por tempo indeterminado. A decisão levou em conta a resolução das assembleias nas universidades.
Segundo o comando, o momento político é propício para a greve, pois “está evidente para toda a classe trabalhadora que existe muito dinheiro para reajuste salarial”. Em nota, a Fasubra criticou o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao empresário Abílio Diniz na fusão do Carrefour e do Pão de Açúcar, e as grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da Copa, que estariam consumindo recursos públicos.
O movimento pede reajuste do piso da categoria em pelo menos três salários mínimos e a abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. Segundo a Fasubra, hoje os servidores recebem R$ 1.034 e têm o menor piso do conjunto da categoria. Ainda de acordo com a federação, o aumento teria um impacto no orçamento federal de cerca de R$ 6,5 bilhões e atenderia mais 150 mil trabalhadores. Para o próximo dia 21 foi marcado um ato nas reitorias das universidades e, no dia 28, nos hospitais universitários.