Mais de 50 macacos-prego (Cebus libidinosus) têm atrapalhado a vida de professores, alunos e donos de lanchonetes do câmpus da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia. De acordo com relatos, eles chegam a fazer “arrastões” para tomar o lanche das pessoas, quebram vidros e invadem laboratórios atrás de comida. Chegaram até a levar sementes de plantas raras da Serra Dourada, como o papiro, que o professor Sérgio Sibov, do Departamento de Biologia, levou anos para coletar.

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Por causa da superpopulação de macacos, a reitoria decidiu iniciar um projeto para melhorar a convivência. A primeira providência foi iniciar uma campanha de educação ambiental para que ninguém dê comida aos macacos. “O problema é que por anos os alunos levaram comida para eles. Isso fez com que passassem a ter atitudes atípicas e deixassem de procurar comida natural”, disse Leo Caetano, responsável pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O professor Fabiano Rodrigues explicou que o câmpus fica em uma área com cerca de 50 hectares de matas remanescentes, onde viviam os macacos. Com a chegada dos humanos, os dois lados começaram a se aproximar, principalmente por causa da distribuição de comida pelos alunos. O bando de macacos passou a ter 50 integrantes, quando o normal é andarem em turmas de 10 a 25 indivíduos. Também não ficam sob o comando de um macho dominante, mas de vários.

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