Fruet diz que dinheiro de Valério para PT não era empréstimo

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga corrupção nos Correios (CPMI dos Correios) concluiu a análise sobre os documentos de contabilidade de 2004 e 2005 das agências de publicidade DNA e SMP&B. Os documentos foram apreendidos nas sedes da empresas, em Minas Gerais.

Segundo o sub-relator de movimentação financeira da CPMI, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) disse que os documentos comprovam que o empresário Marcos Valério de Souza, sócio das empresas, não emprestou dinheiro ao Partido dos Trabalhadores.

Segundo Fruet, a contabilidade das empresas registram saída de dinheiro para o PT. Mas não estão registradas como empréstimos a receber. O registro é diferente dos documentos apresentados por Valério à CMPI, que diziam que os pagamentos ao partido eram empréstimos.

"Da mesma forma que consta na contabilidade que Valério mandou para a CPMI, o empréstimo para o PT tinha de constar na contatabilidade assinada pelo contador", compara Fruet. "Tinha de constar, entre os ativos, o empréstimo dado ao PT, porque é um crédito a ser devolvido", aponta.

Fruet ressaltou que a CPMI também já verificou que não há conexão entre o dinheiro que Valério recebeu dos bancos e o que repassou para o PT, "porque o dinheiro passeia em várias contas". Em sua defesa, empresário diz que fazia empréstimos em bancos e repassava ao partido.

A diferença entre os documentos contábeis e os apresentados à CPMI, segundo Fruet, "mostra ou fraude fiscal ou falsidade ideológica". O deputado acredita que Valério pode argumentar que retificou esses documentos. Se houve mudança nos documentos, Valério teria cometido crime de fraude, afirma o deputado. Se não houve retificação, ele teria mentido à CPMI.

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